Obras de mobilidade têm atraso nas 12 sedes da Copa

A apenas 79 dias da Copa do Mundo, todas as 12 cidades sede ainda têm projetos na área de mobilidade urbana que geram dúvidas sobre a conclusão das obras a tempo. Levantamento do Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) mostra que, dos 41 projetos listados até a última versão da Matriz de Responsabilidades - termo que foi assinado entre os governos federal, estaduais e municipais - 78%, ou 28 deles estão com o cronograma considerado "apertado". Apenas 21%, ou nove projetos, estão no prazo ou já foram entregues. Os dados foram coletados até o fim do mês passado.

Além das obras com cronogramas classificados como "apertados" e com prazos em dia, há, na Matriz de Responsabilidades, duas que foram canceladas. Outras duas já tiveram a inauguração antes do Mundial descartada pelas autoridades. "As obras não são essenciais para a realização da Copa, seria um legado. Todos os testes feitos durante a Copa das Confederações comprovaram que as estratégias funcionam. Porém, há preocupação com o Rio, que está com intervenções para as Olimpíadas, dentre outras", comentou Rodrigo Prada, diretor do portal Copa 2014, elaborado pelo Sinaenco.


De acordo com a Secretaria Municipal de Obras do Rio, o BRT Transcarioca, único projeto carioca listado com atraso, tem previsão de entrega em junho, porém inicialmente tinha previsão para inauguração em maio do ano passado.

A Matriz de Responsabilidades contou com três revisões, nas quais 21 projetos foram excluídos do documento, assinado em 2010 entre o Ministério do Esporte, 11 prefeitos e 12 governadores. A última revisão ocorreu em novembro. Segundo o Ministério do Esporte, todas as obras que não forem feitas até junho serão absorvidas pelo Ministério das Cidades e serão construídas por meio do Programa de Aceleração (PAC). Dos 21 excluídos, até agora da Matriz de Responsabilidades, 12 projetos - das cidades de Porto Alegre, Curitiba, e Belo Horizonte - já estão listados para integrar o PAC. Já obras como o monotrilho de Manaus estão cotados para a avaliação de financiamento do governo federal.

A mobilidade urbana, que era inicialmente a área que receberia a maior parte dos recursos gerados pela Copa do Mundo, já perdeu a posição para os estádios, por causa da eliminação de projetos e custo extra das arenas. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o orçamento com estádios passa dos R$8 bilhões e a infraestrutura ficará com R$7 bilhões.

Fonte: Jornal Brasil Econômico

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