SÃO
PAULO - A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo contesta 70
candidaturas em todo o estado com base na Lei da Ficha Limpa. De um
total de 3.300 pedidos de registro de candidaturas para os cargos de
governador, deputados estaduais e federais, senadores e suplentes em São
Paulo, 1.913 pedidos foram impugnados pela Procuradoria por
irregularidades diversas.
Segundo
o procurador regional eleitoral André de Carvalho Ramos, que divulgou
um balaço das ações nesta terça-feira, 1.843 impugnações foram motivas
por falta de documentos essenciais como certidão criminal e comprovante
de quitação eleitoral, por exemplo.
Os
números são parciais, ainda restam 306 pedidos para análise da
Procuradoria, que deve finalizar o trabalho amanhã. Os pedidos da
Procuradoria serão julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo (TRE-SP).
Das
70 impugnações pela Lei da Ficha Limpa, 46% são decorrentes de gestões
irregulares de contas públicas julgadas por Tribunais de Contas, Câmaras
Municipais e Assembleias Legislativas, 24% são de políticos condenados
por improbidade administrativa e 20% são por condenações criminais.
Entre os pedidos de impugnação por improbidade está o da candidatura do
deputado Paulo Maluf (PP-SP).
Além
disso, a PRE-SP também protocolou 503 petições, que são pequenas
irregularidades, como divergência de assinaturas em registros, ausência
de declaração de bens, comprovante de escolaridade, dados pessoais,
entre outros, para que os políticos regularizem a documentação.
Após
a notificação da impugnação da Procuradoria, os candidatos têm sete
dias para contestar a ação e, se for o caso, apresentar os documentos
necessários. Depois do julgamento do TRE-SP, ainda cabe recurso da
decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).