Rio - A implementação do regime de previdência complementar para os
servidores públicos dos poderes Executivo e Judiciário federais já
incentivou 10 estados a criarem o mesmo mecanismo para os seus
respectivos regimes próprios. De acordo com o Ministério da Previdência,
Rio, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Rondônia,
Ceará, Paraná, Bahia e Sergipe, já aderiram à modalidade.
Segundo o ministro da Previdência, Carlos
Gabas, isso acaba sendo uma tendência. “Alguns estados, como o do Rio de
Janeiro, já aprovaram e implementaram. Também estamos sendo procurados
por algumas prefeituras”, disse em entrevista exclusiva à coluna.
Ele reafirmou que os regimes previdenciários
têm que acompanhar a evolução da sociedade e que é necessário efetuar
mudanças. As mais urgentes são as que estão apresentadas nas Medidas
Provisórias 664 e 665, que alteram concessão de benefícios
previdenciários e trabalhistas.
Segundo Gabas, as modificações não devem ser
tratadas como tabu e nem com paixão: “A sociedade evolui e as regras têm
que acompanhar a evolução da sociedade. Estamos falando de um sistema
previdenciário que tem quase 100 anos e que ao longo deste tempo muita
coisa mudou e é claro que temos que atualizar as regras. Mas toda vez
que você mexe em alguma coisa, causa uma apreensão e em alguns casos até
um desconforto”.
Após o anúncio do governo federal sobre as
mudanças nas concessões de pensões por morte, alguns estados já
anteciparam que também pretendem aplicar novas regras. É o caso do
Estado do Rio, por meio do Rioprevidência, que tem estudos avançados
para se adequar às modificações ainda este ano.
A meta do Palácio Guanabara é encaminhar o
projeto de lei ainda este semestre à Assembleia Legislativa. Tanto na
União quanto no Estado do Rio, as mudanças não vão atingir os atuais
pensionistas.
“Quem é contra se utiliza desse argumento, mas
ninguém vai perder nada. O que temos é um ajuste nas regras futuras que
são necessárias. Não é justo uma sociedade inteira pagar por um segurado
que quase não contribuiu para o sistema previdenciário”.
Fonte: Jornal O Dia
|