O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou, em reunião
com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes, que
vai providenciar proteção aos servidores responsáveis por fazer
auditorias em unidades da PM. Segundo Lopes, após um relatório produzido
pelo tribunal revelar desvios de R$ 7,9 milhões em compras de produtos
hospitalares, o tribunal vai fazer uma devassa em todos os contratos
assinadas na área de saúde da corporação nos últimos cinco anos. Após a
sessão plenária que aprovou o relatório, Jonas Lopes afirmou que o
servidores responsáveis pela elaboração do documento se sentiram
ameaçados por policiais durante as vistorias nos hospitais da
corporação.
— Eles estão se sentindo amedrontados em razão de estarem tratando com maus policiais, que desonram a
farda que usam — afirmou o presidente do TCE-RJ.
DETERMINAÇÃO
Policiais em relatório terão que devolver dinheiro público desviado
Durante as futuras vistorias, os servidores devem ser acompanhados por
agentes da cor-regedoria da corporação. O relatório — que aponta 19
policiais militares, sendo cinco coronéis, e quatro empresas pelos
desvios —já foi enviado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), que apura o co-metimento de crimes por parte dos
PMs.
Ao todo, 11 policiais já foram submetidos ao Conselho de Justificação da
PM pelas irregularidades. Eles podem ser expulsos da corporação.
— Os policiais que estão em suspeição estão afastados, mas não só
somente esses que faziam parte desta verdadeira organização criminosa.
Pelo conteúdo dessa investigação, tenho quase certeza que essas pessoas,
além de presas, vão ser expulsas da corporação -r-afirmou o secretário
José Mariano
Além da área de saúde da PM, outro setor da corporação é alvo de
investigação por suspeita de desvio de recursos. Ontem, foi aberto um
Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar irregularidades na
reforma do Batalhão Especial Prisional (BEP).
Fonte: Jornal Extra
|