O plenário do Senado aprovou nesta
terça-feira,29, por unanimidade, um projeto de lei complementar que
aumenta de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória dos
servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e municípios. O
projeto estende a todo o funcionalismo as regras da chamada PEC da
Bengala, que ampliou a idade mínima da aposentadoria compulsória para os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dos demais tribunais
superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU).
A
proposta, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), seguirá para a
sanção presidencial. O texto prevê que a aposentadoria compulsória aos
75 anos será aplicada em todo o serviço público: servidores federais,
estaduais, municipais e do Distrito Federal; juízes, desembargadores e
ministros do Judiciário; procuradores e promotores do Ministério
Público; defensores públicos; e ministros e conselheiros dos tribunais e
conselhos de contas.
"É um projeto ganha-ganha. Ganha
o serviço público, os servidores que podem trabalhar mais cinco anos e o
governo, que vai economizar R$ 1 bilhão dentro de um tempo", disse José
Serra.
Os senadores mantiveram
modificações feitas anteriormente pelos deputados federais, que haviam
aprovado uma emenda ao texto original que beneficia os policiais. Até
hoje, eles têm uma legislação específica para serem aposentados
compulsoriamente aos 65 anos com direito aos proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, independentemente da natureza dos serviços
prestados. Com o projeto, eles passam a ser incluídos na nova regra para
serem aposentados, com os mesmos critérios, aos 75 anos.
Outra emenda que passou pela
Câmara e foi aprovada pelo Senado cria uma transição para a aplicação da
regra aos servidores do corpo diplomático brasileiro. A transição prevê
que, a cada dois anos, o limite atual de 70 anos sofrerá o acréscimo de
um ano até que se chegue aos 75 anos.
Segundo Serra, esse tratamento
para o Itamaraty se justifica porque houve um aumento muito grande do
número de diplomatas. "Temos hoje um excedente de diplomatas. O
tratamento gradual contribuirá para não haver um verdadeiro afogamento
da carreira", disse o senador.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo
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