Eduardo Bresciani e Iara Lemos Do G1, em Brasília
Tribunais
Regionais Eleitorais (TREs) de quatro estados já vetaram desde segunda-feira
(26) as candidaturas de 12 políticos (três a deputado federal e nove a deputado
estadual) para as eleições de outubro com base na Lei da Ficha Limpa. Em todos
os casos os políticos impugnados poderão recorrer das decisões.
O
levantamento foi feito pelo G1 entre o final da tarde e início da noite desta quarta (28) nos sites da Justiça
Eleitoral e em consulta às assessorias dos TREs. Em alguns estados, como Bahia
e Goiás, os registros dos candidatos com pedido de impugnação baseados na nova
lei nem começaram a ser julgados. Em outros estados, como Amapá e Amazonas, não
há registro sobre julgamentos no site e o G1 não conseguiu contato com as assessorias de imprensa.
Metade
dos 12 vetos aconteceu em Minas Gerais, três dos quais nesta quarta-feira (28).
No estado, foram barrados quatro candidatos à Assembléia Legislativa e dois que
pretendem disputar o cargo de deputado federal.
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No
Espírito Santo e no Ceará também foram impugnadas candidaturas com base na nova
lei. Três candidatos à assembleia capixaba tiveram o registro negado pelo TRE
local. No Ceará, dois candidatos a deputado estadual também tiveram rejeitadas
sua postulações pelo tribunal do estado. Em todos os casos ainda cabe recurso.
Em
todo o país, mais de 3.500 pedidos de impugnação de candidaturas foram feitos.
Parte das impugnações se baseia na Lei da Ficha Limpa, mas a maioria, segundo
os tribunais, tem como base falhas na documentação dos políticos.
Site divulga "fichas limpas"
Desde
esta quarta-feira (28), eleitores que quiserem saber se seus candidatos têm a
“ficha suja” poderão consultar um site especializado. Criado por meio de uma
parceria entre o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e a
Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), o espaço
vai possibilitar que o eleitor pesquisa a situação eleitoral dos candidatos. O
acesso poderá ser feito por meio do www.fichalimpa.org.br
No
site, está disponível um cadastro voluntário dos políticos que concorrem à
eleição. Os dados poderão ser informados pelos próprios candidatos, que só
terão o nome incluído no site após uma avaliação dos organizadores.
Os
políticos que tiverem a ficha limpa terão de se responsabilizar por apresentar
prestação de contas semanal da origem dos recursos e os gastos efetivos da
campanha. Somente após a avaliação da documentação, o candidato ganhará o
direito de ter o nome incluído no site. Além dos candidatos com a ficha limpa,
o espaço também vai trazer um link para os que tem a chamada “ficha suja”.
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