A proposta de aumentar a arrecadação previdenciária dos servidores
ativos, pensionistas e aposentados do Estado do Rio, de 11% para até
14%, não terá apoio da maioria dos parlamentares na Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj), segundo o deputado e presidente da Comissão
de Tributação, Luiz Paulo Corrêa (PSDB). O projeto do governador do Rio,
Luiz Fernando Pezão, faz parte da — ainda em criação — Lei de
Responsabilidade Fiscal do Estado, como adiantou o colunista Fernando
Molica no ‘Informe do Dia’ ontem.
De acordo com a secretaria de Fazenda do estado, o texto da lei chegará na Alerj em fevereiro. O objetivo
é fazer uma divisão de responsabilidades entre os poderes Executivo,
Judiciário, Legislativo, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do
Estado.
Também há a intenção do governo de diminuir
o rombo do Rioprevidência, que acumula déficit de R$ 12 bilhões. Para
isso, além do aumento do desembolso por parte dos servidores, Pezão
propõe alterar a contribuição previdenciária patronal, que é de 22%
atualmente e pode chegar a 28% da remuneração.
Mas, para Luiz Paulo Corrêa, a solução encontrada pela equipe
econômica do governo não será efetiva. “O estado já está quebrado e
querendo repassar ainda mais recursos para o Rioprevidência, não tem
como. A proposta é absurda, já que alguns órgãos hoje sequer custeiam os
22%”, disse o deputado.
Além disso, ele considera que
descontar mais dos servidores é um erro grave, já que o funcionalismo
estadual não teve aumento esse ano e sofreu com atrasos e parcelamento
de salários. “O vencimento do servidor teve uma perda de 10,67%, se levar em consideração apenas a inflação de 2015, então como uma proposta dessa pode ser bem vista?”, questionou Luiz Paulo.
A
secretaria de Fazenda do estado disse, entretanto, “que não há ainda
como comentar nenhum ponto específico da lei porque nenhuma decisão está
tomada, o conteúdo ainda está em discussão, a proposta não está
fechada”.
Fonte: Jornal O Dia
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