O governador do Rio
de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pediu nesta quinta, em Brasília, ao
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para
acelerar o julgamento sobre a lei que mudou a divisão dos royalties do
petróleo no país. Logo após a lei ser aprovada, o Estado do Rio
questionou a constitucionalidade da nova regra e conseguiu uma liminar
da ministra Cármen Lúcia, suspendendo os efeitos da lei. Desde então, a
questão está parada do STF.
Agora, Pezão quer que a suprema corte
defina a situação, porque considera que o Rio tem sido prejudicado pela
indecisão sobre sobre a titularidade do dinheiro. “Estamos sendo muito
prejudicados com essa ação. O estado, no fim do ano, tentou uma operação
de antecipação dos royalties e, quando fomos realizar, com a ação que
tem aqui, o risco cobrado pelo Banco do Brasil (BB) e pela Caixa
Econômica Federal chegou a 70%. Então, não pude fazer a operação. Isso
desequilibrou as finanças do Estado”, alegou o governador fluminense.
Segundo ele, o estado quer ter a garantia de que é dono do dinheiro
que já recebe há mais de 20 anos, de que tem “a titularidade” desse
recurso. Segundo Pezão, o Rio de Janeiro tem sido muito afetado pela
crise que envolve a Petrobras, especialmente depois que a empresa cortou
investimentos e sofreu com a queda no valor das ações. “A Petrobras é o
coração do Rio, se ela impacta o Brasil, imagina o Rio. Esse é o
cenário que temos conversado aqui, e visto, e tentado ver se, em 2016,
encontramos um caminho”, afirmou.
PISO DOS PROFESSORES
Ao
deixar o STF, o governador comentou sobre o aumento do piso salarial
nacional dos professores. Segundo o Ministério da Educação, o novo piso
salarial dos professores terá aumento de 11,36% a partir de janeiro de
2016. O salário base passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64.
Pezão
disse que não sabe ainda se esse aumento vai impactar as contas do Rio,
porque, em 2015, o estado já pagava um pouco acima do piso para os
professores. Ele se queixou de que o Congresso Nacional tenha aprovado
uma lei que onere ainda mais os entes federados em um momento de crise.
Atualmente,
a prefeitura do Rio e o estado ja pagam valores hora/aula acima do piso
nacional. Na rede estadual, a hora/aula é de R$ 18,42, chegando a um
salário de R$ 2.948,33 para 40 horas.
Fonte: Jornal O Dia
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