Após pressão do governo, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis) deve desistir de rever a fórmula de cálculo
dos royalties do petróleo, o que criaria uma conta bilionária para a
Petrobras. A proposta beneficiaria, principalmente, o governo do Rio e
municípios fluminenses.
A reportagem apurou que o tema foi discutido em reunião realizada
esta semana entre a diretora-geral da agência, Magda Chambriard, e o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. A avaliação do governo é que
a medida prejudica a situação das petroleiras em um momento de crise no
setor.
Os royalties são compensações financeiras pagas pelas petroleiras,
que variam de acordo com o volume da produção e o preço do petróleo de
cada campo. No ano passado, renderam R$ 13,8 bilhões aos cofres de
União, Estados e municípios. A revisão dos preços de referência usados para o cálculo da compensação
foi colocada em consulta pública no início deste ano e seria
sacramentada após audiência agendada para o dia 10 de março, segundo a
Folha antecipou. A ANP argumenta que a fórmula atual, vigente desde
2000, está defasada.
Fonte: Folha de São Paulo
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