O pacote de medidas para reequilibrar as contas do Estado
que o governador Luiz Fernando Pezão enviará, no mês que vem, para a
Assembleia Legislativa do Rio inclui aumento da contribuição dos
servidores ativos ao Rioprevidência, de 11% para 14%, conforme informou
ontem o jornal “O Dia”.
Por outro lado, o governo vai
propor também eleva a sua própria contribuição: de 22% para 28%. O
principal objetivo das mudanças estudadas pelo governo é a redução do
déficit de R$ 12 bilhões do sistema previdenciário dos servidores
estaduais.
Segundo o presidente do Rioprevidência, Gustavo
Barbosa, as despesas com a folha de pagamento de aposentadoria e pensão
cresceram 150% nos últimos oito anos. “Tem servidor que passa mais tempo
aposentado que trabalhando. Estamos chegando no momento em que, se
aumentar o salário do professor, o impacto será maior na inatividade que
na atividade”, afirmou Barbosa, ao jornal.
O pacotão de medidas
do governo também estabelece que o Judiciário e o Legislativo serão
responsáveis pelo recolhimento dos seus servidores ao Rioprevidência.
Hoje, o Tesouro paga 3% dos 22% da contribuição patronal, conforme
divulgou “O Dia”.
Procurados, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e o presidente da Alerj, Jorge Picciani, não quiseram comentar o assunto.
Ontem,
Pezão foi, pela quinta vez, a Brasília pedir ajuda ao governo federal. O
governador e sua equipe se encontraram com o ministro da Fazenda,
Nelson Barbosa.
— Tenho uma série de assuntos para tratar com o
ministro e estou indo com toda a inha equipe. A Previdência do estado,
os royalties do petróleo e a dívida do estado são alguns dos assuntos.
Precisamos muito da parceria com a presidente Dilma Roussef e do
ministro Nelson Barbosa.
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