Desperdício de Remédios: Alerj quer nomes de servidores

Para apurar as responsabilidades sobre o desperdício com medicamentos comprados com o dinheiro público, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quer um organograma completo com os nomes e cargos de todos os servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Foi dado um prazo de 15 dias, a partir desta quinta-feira (17), para que a pasta apresente a relação às comissões de Orçamento e Tributação.

O pedido foi feito durante mais uma audiência pública para tratar da gestão da compra e repasse de medicamentos no estado. Armazenados na Central Geral de Abastecimento (CGA), em Barreto, Niterói, na Região Metropolitana do Rio, cerca de 700 toneladas de remédios e insumos hospitalares passaram da validade e foram incinerados em 2015. Outras 300 toneladas, também vencidas, virarão cinzas este ano.

Durante a audiência, o ex-superintendente de armazenagem da secretaria de Saúde, Tiago Elias, confirmou que a LogRio - consórcio que administrava o armazenamento dos materiais e medicamentos na CGA - informava a secretaria com até 6 meses de antecedência o vencimento desses itens. Segundo a Alej, Elias disse desconhecer o que a SES fazia com essas informações e não soube informar os nomes dos responsáveis pelas compras de medicamentos.

O ex-coordenador de armazenagem da SES, Cláudio Madureira, também disse desconhecer quem eram os responsáveis pela compra. Diante disso, o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Pedro Fernandes (PMDB), disse esperar que o organograma ajude a identificar os responsáveis pela compra e repasse de remédios e insumos. 

Notas fiscais duvidosas
O presidente da comissão de Orçamento, deputado Pedro Fernandes, questionou na audiência os valores expressos nas notas fiscais apresentadas pela SES das compras de medicamentos. Segundo o parlamentar, os valores são integrais e repetitivos nos recibos. Fernandes destacou que por três meses seguidos as notas apresentadas pela SES tinham os mesmos valores, inclusive os centavos.

‘Era uma zona, uma bagunça’
Na audiência pública realizada no dia 10 de março, Jorge Carvalho, um dos servidores estaduais nomeados para fiscalizar o armazenamento de medicamentos comprados para a rede estadual de saúde, admitiu à comissão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que sequer leu o contrato da Secretaria Estadual de Saúde com o consórcio LogRio, pelo qual era responsável.

As declarações do servidor deixaram perplexo o deputado estadual Pedro Fernandes (SD), presidente da comissão que investiga o caso. "Era uma bagunça, uma zona. Esperamos que isso não se repita" afirmou.

Fonte: Jornal Extra

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