O crescimento desordenado das despesas
federais por conta das remunerações pagas ao funcionalismo nos últimos
anos fica escancarado ao compararmos os gastos da União entre 2000 e
2015. Com base nos números do Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado
pelo Ministério do Planejamento, nota-se um aumento de R$ 198,2 bilhões
nas despesas com os trabalhadores (veja o quadro abaixo). A expansão é
observada, também, no total de cadastrados na folha de pagamento: o
governo ganhou mais 302.302 funcionários, e o país fechou 2015 com mais
de 2,1 milhões de servidores públicos federais, com um gasto anual de R$
256,4 bilhões.
O montante pago no ano passado sofrerá um
acréscimo em 2016. Segundo uma projeção divulgada pelo próprio
Planejamento, até dezembro, serão gastos R$ 258,8 bilhões, incluindo o
13º salário, por conta dos reajustes já aprovados pela Câmara dos
Deputados e que passarão pelo Senado nas próximas semanas.
O Planejamento explicou que o impacto dos
aumentos fará com que a folha chegue a R$ 278,3 bilhões, em 2018. O
valor será ainda maior em 2019, pois diversas categorias receberão
aumentos percentuais escalonados pelos próximos quatro anos. O
ministério, porém, não esclareceu como ficará a conta. Fica a conclusão
de que o funcionalismo público ganhou mais espaço nos últimos 15 anos.
Resta saber se a União terá condições de manter essa política.

Fonte: Jornal Extra
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