Rio - A Alerj aprovou ontem o projeto do Executivo que altera a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2016. A medida modifica a meta fiscal
deste ano, aumentando o déficit primário de R$6,9 bilhões para R$ 17,8
bilhões. Os deputados, no entanto, acrescentaram ao texto o impedimento
de demissão de servidor estatutário ou em estágio probatório.
Os
parlamentares determinaram que, no caso de o estado ultrapassar limites
de gastos com pessoal determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), o governo terá que enviar projeto à Casa se tiver que demitir
servidor. E a medida não é bem-vinda pelos deputados, que devem rejeitar
qualquer proposta nesse sentido.
Quando há o desenquadramento do
estado, a LRF determina a demissão — começando por comissionado,
passando por estágio probatório e estatutário. Mas com essa medida, os
parlamentares brecam a possibilidade.
No plenário, o presidente da
Alerj, Jorge Picciani (PMDB), ressaltou que a emenda, assinada por
todos os deputados, “tranquiliza os servidores”. “Para qualquer demissão
terá que ser remetida lei específica, que a Casa, evidentemente, não
aprovará”, disse.
“O Psol votou contra esse projeto absurdo, que
no meio do exercício altera o planejamento fiscal, demonstrando total
falta de gestão . E votamos a favor da emenda para que qualquer ação no
futuro passe pela Alerj”, declarou o deputado da legenda, Eliomar
Coelho.
“A LRF e a Constituição preveem a demissão, mas condicionamos isso a aval da Alerj, que deve rejeitar”, diz Luiz Paulo (PSDB).
Fonte: Jornal O Dia
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