Rio adia votação de pontos polêmicos do ajuste fiscal

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu ontem adiar para a próxima terça-feira as últimas votações do pacote de austeridade apresentado pelo governo para enfrentar a crise financeira. A ideia é ter tempo para chegar a um acordo em torno das duas propostas mais polêmicas: o adiamento de reajustes concedidos em 2014 para servidores da área da segurança pública e a elevação da contribuição previdenciária.

O adiamento saiu após reunião entre deputados, secretários estaduais e representantes de sindicatos de servidores públicos, organizada pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB). O encontro terminou em impasse. Assim como o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciara na segundafeira, o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, e o comandante da Polícia Militar (PM), Wolney Dias, levaram a proposta de flexibilizar o adiamento dos reajustes de 2014.

A cúpula da segurança pretende oferecer como contrapartida a garantia de pagamento em dia (no prazo até o décimo dia útil do mês seguinte) e quitação do 13.º até 20 de janeiro, mas os representantes do governo que estavam na reunião evitaram assumir esse compromisso.

O secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, garantiu apenas que os salários de novembro dos servidores da área de segurança pública serão pagos até o fim desta semana. O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal, Gutemberg de Oliveira, disse que os sindicalistas não confiam nesse compromisso.

Para o deputado Carlos Osório (PSDB), que foi secretário estadual de Transportes de Pezão, mas passou à oposição neste ano, o governo não terá como garantir o pagamento em dia sem ajuda federal. Pezão terá reunião hoje com o presidente Michel Temer.

Fonte: O Estado de São Paulo

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