Estado desiste de cortar quatro secretarias
Medida é tomada a poucos dias de a Alerj começar a discutir socorro do governo federal

A poucos dias da discussão, na Assembleia Legislativa (Alerj), dos primeiros projetos de lei referentes às contrapartidas exigidas pela União para socorrer o estado, o governador Luiz Fernando Pezão voltou atrás e suspendeu o corte de secretarias que havia anunciado dois meses atrás. Na época, a medida fazia parte de um rigoroso pacote de ajuste fiscal. Agora, ao que tudo indica, nomeações para cargos vêm sendo negociadas com deputados que se dispõem a aprovar as propostas do Executivo.

A suspensão do corte de secretarias foi revelada pelo “RJ TV”, da Rede Globo. A de Direitos Humanos, por exemplo, que seria incorporada à pasta da Saúde, está preservada e foi entregue a Pedro Fernandes, que, apesar de integrar o PMDB, tinha uma posição crítica em relação ao pacote de ajuste fiscal. Pastas que passariam por fusões, como Transportes, Obras, Trabalho e Renda e Agricultura e Pecuária, continuarão com seus formatos originais. No fim das contas, só haverá duas uniões: Casa Civil com Desenvolvimento Econômico e Fazenda com Planejamento. O número total de secretarias cairá de 20 para 18. Inicialmente, Pezão chegou a anunciar que reduziria para 12.

Em nota, o governo informou que a reestruturação administrativa “exigiu mudanças” e destacou que algumas fusões comprometeriam serviços, sem especificá-los. O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) criticou o Palácio Guanabara:

— A redução de secretarias diminuiria despesas. Ao postergar essa economia, o governo fará com que o ajuste fiscal incida apenas sobre os servidores.

O presidente da Alerj, Jorge Picciani, anunciou que, no próximo dia 7, a Casa discutirá a privatização da Cedae e a autorização para o estado pegar R$ 2,5 bilhões em empréstimos.

Fonte: Jornal O Globo

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