Nesta sexta-feira (7), os cinco
conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) presos
tiveram as prisões temporárias revogadas pelo ministro Felix Fischer, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também determinou o afastamento deles
do cargo por 180 dias. O grupo será libertado, já que o Ministério Público não
solicitou a conversão da prisão provisória em preventiva.
O presidente do TCE-RJ, Aloysio
Nunes; o vice-presidente, Domingos Brazão; e os conselheiros José Gomes
Graciosa, Mauro Antônio Alencar, Jonas Lopes e José Maurício Nolasco são os
atingidos pela decisão. A soltura tem efeito imediato, mas ainda será submetida
ao plenário da Corte Especial do STJ. A sessão do órgão está marcada para 19 de
abril.
Ao tomar a decisão, Fischer
ressaltou que a Polícia Federal já concluiu um relatório parcial sobre o
cumprimento da coleta de provas determinadas por ele e, como não houve novos
pedidos de diligências, as prisões não seriam mais necessárias. O afastamento
dos conselheiros do Tribunal ocorreu para evitar tentativas de atrapalhar as
investigações.
Os cinco conselheiros estão
proibidos de entrar no TCE, de ter contato com funcionários do órgão e de
utilizar qualquer recurso do tribunal. Todos também deverão entregar os seus
passaportes à Justiça em até 24 horas.
Fischer também deixou claro na
decisão que o descumprimento das medidas cautelares poderá ocasionar em um novo
mandado de prisão contra os conselheiros. Também hoje, o ministro ddo STJ
bloqueou mais de R$ 7 milhões das contas de três conselheiros: José Maurício
Nolasco (R$ 2,43 milhões), Marco Antônio Alencar (R$ 3,653 milhões) e Domingos
Brazão (R$ 1,376 milhão).
Fonte: O Globo
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