A coluna deste sábado
Entrará em pauta em março, com grandes chances de aprovação na
Assembleia Legislativa do Rio, uma PEC (60/2010) que cria o Tribunal
Estadual de Contas dos Municípios (TECM). Em tese, fará o mesmo que o
Tribunal de Contas do Estado – a fiscalização das contas das
prefeituras. Em tese. De fato, é uma jogada eleitoral: uma vez criado,
o tribunal terá sete conselheiros, apadrinhados pelos deputados. O que
não impede de os mesmos, na aposentadoria política, serem indicados. Em
outra frente, é uma forma de os estaduais manterem o controle dos
prefeitos, aliados ou não – porque são os maiores cabos eleitorais. O
que não quer dizer – em tese, novamente – que haverá negociatas para
aprovação das contas. O tribunal da Alerj nasce sob a polêmica do óbvio
politiqueiro.
Do outro lado
O tribunal, se concretizado, terá sede em Niterói. O Orçamento será
tirado do destinado ao TCE, que cederá parte de sua estrutura.
Porta
Há quem diga, maldade ou não, que o tribunal é sonho do chefe da Alerj,
Jorge Picciani (PMDB), que ali poderia se refugiar pós-mandatos, porque
o TCE exige diploma superior. Picciani não tem.
Há vagas
O TCE do Rio terá vaga aberta em março: o conselheiro José Nader
cumprirá a expulsória. Disputam a vaga de Nader o deputado Noel de
Carvalho e Délio Leal.
Atualização, sáb, 12h50 - A assessoria diz que Noel é contra o tribunal
novo (supracitado) e não quer a vaga do TCE.
Essa notícia foi publicada no sábado, 20 de fevereiro de 2010. Fonte: http://www.jblog.com.br/informejb.php?itemid=19515