Rio -
O Fundo de Previdência do Estado do Rio (Rioprevidência) promove nesta quarta-feira licitação, na modalidade
pregão presencial, do primeiro lote de cessão definitiva dos royalties
futuros de petróleo, no valor de R$575 milhões. Na próxima quarta-feira
haverá nova licitação para outros três lotes na mesma quantia, com o
objetivo de atingir o valor total R$ 2,3 bilhões.
De acordo com o presidente do Rioprevidência, Gustavo Barbosa, a
operação, prevista em lei, visa dar liquidez a ativos do estado a fim de
fazer frente às obrigações do instituto. “Estamos vendendo as receitas dos próximos sete anos, pois temos estudos que mostram as
expectativas de evolução da produção de petróleo com a exploração dos
poços do pré-sal”, justificou Barbosa para a fazer a operação
financeira.
PAGAMENTO DE SEGURADOS
Segundo o executivo, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) autorizou o
instituto a vender até R$ 4,5 bilhões dos créditos futuros dos
royalties de petróleo. De acordo com Barbosa, todos os recursos
antecipados são usados para o pagamento dos 250 mil segurados —
aposentados e pensionistas — do Rioprevidência, na ordem de R$ 870
milhões por mês.
Para o deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), a
operação é ilegal, colocando em risco recursos que, segundo ele, são dos
aposentados e não do estado. Em seu blog, Garotinho alega que a
antecipação dos recursos de títulos
garantidos é prejudicial ao estado e que poderá comprometer o
pagamento, no futuro, das aposentadorias das pensões dos servidores.
STF julga impasse dos vetos
O Supremo Tribunal Federal (STF) promove nesta quarta-feira o
julgamento sobre as regras para apreciação de vetos presidenciais que
estão paralisados no Congresso Nacional. No final do ano passado, o ministro Luiz Fux deu liminar
suspendendo a apreciação dos vetos à nova Lei dos Royalties do petróleo,
enquanto o Congresso não analisar os três mil vetos pendentes em ordem
cronológica.
A liminar atendeu ao mandado de segurança do deputado federal
Alessandro Molon (PT-RJ). A medida evitou que os parlamentares dos
estados não produtores de petróleo derrubassem o veto da presidenta
Dilma Rousseff e, assim, mantivessem o artigo que permitiria a
distribuição dos recursos dos royalties entre todos os estados.
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